Eu, você e todo o Brasil estamos em estado de alerta com a greve dos caminhoneiros que deixa desabastecidas cidades de todo o país. Como a CBF deu um jeito de realizar a rodada do Brasileirão (mesmo com a maioria das capitais enfrentando problemas para colocar ônibus nas ruas), nada mais óbvio do que relacionar a sétima rodada com as dificuldades que a população está enfrentando.

Olhe o que aconteceu no Beira Rio. Quando o goleiro Walter evitava a derrota do Corinthians contra o Inter, o garoto Mantuan, já nos acréscimos, errou um domínio de bola e deu a vitória para o Inter, de virada. Mais ou menos como aqueles motoristas que aguardavam horas na fila de um posto de gasolina para descobrir que, na sua vez, o combustível acabou.

E no Pacaembu? Bruno Silva, do Cruzeiro, completou um cruzamento para o gol e aumentou a pressão em cima do Santos e de seu treinador, Jair Ventura. Com muitos rumores de demissão, santistas dormiram sem saber se seu técnico será o mesmo até o fim da semana. Mais ou menos como a incerteza de todo brasileiro que depende do transporte público. Até que dia os ônibus terão óleo diesel para rodar na sua cidade?

E o que dizer do que aconteceu no Allianz Parque no sábado? O Palmeiras perdia por 3 a 2 quando Keno correu para bater o pênalti que empataria o duelo com o Sport. Quando a torcida já comemorava, o goleiro Magrão, do time nordestino, fez a defesa. Pessoas mais maldosas lembrariam da quinta-feira e do anúncio do governo sobre o fim da greve (que, na sexta-feira, continuou).

Na frente de tudo isso está o Flamengo, líder novamente. Apostando em seu fenômeno Vinícius Júnior, o rubro-negro voltou à liderança do campeonato após bater o Atlético-MG em Belo Horizonte. Alegria da maior torcida do país que, esperamos, será a mesma da população quando governo e caminhoneiros chegarem a um acordo para normalizar a situação por aqui, por aí, em todo o Brasil.

Por Uol