Nas primeiras oito rodadas do Brasileirão, Felipe Vizeu havia jogado precisamente um minuto pelo Flamengo. Sim, um minutinho contra o Atlético-MG, em 26 de maio. Considerando que em julho ele vai se tornar centroavante da Udinese, da Itália, talvez tenha dado neste domingo a contribuição mais improvável para a ótima campanha flamenguista pelo Brasileirão. Foi dele o gol da vitória sobre o Corinthians, por 1 a 0, no Maracanã. Valeu ao time uma folga na liderança, agora com quatro pontos sobre Cruzeiro, Grêmio e São Paulo, num pelotão abaixo.
Entre sumiços (como quando pediu dispensa de jogo para só depois revelar que sua mãe estava hospitalizada), treinos separados do elenco e uma lesão muscular, Vizeu estava à margem da euforia rubro-negra. Ao mesmo tempo, viu outras revelações da Gávea despontarem, como Vinícius Júnior e Lucas Paquetá, destaques do campeonato.
Para o torcedor do Flamengo que valoriza a produção dos jogadores de base, a trajetória de Vizeu talvez seja das mais confusas. Ele teve seus lampejos aqui e ali, ainda é jovem, mas a diretoria esteve sempre à caça de um artilheiro experiente. Paolo Guerrero, Leandro Damião e, agora, Henrique Dourado, aquele que substituiu contra o Corinthians. Sete anos mais velho, Dourado custou mais de R$ 11 milhões ao clube e também não se firmou ainda. Vizeu foi negociado por R$ 19 milhões (segundo a cotação do dólar à época). Valia a troca? Agora, mal ressurgiu, e já vai embora.
Por Uol