Nos cinco últimos jogos o Fluminense não perdeu, venceu três, empatou dois, somou 11 pontos em 15 possíveis e se afastou da zona do rebaixamento. Apenas um desses pontos não teve Marcão como técnico, o do 1 a 1 diante do Santos, última aparição de Oswaldo de Oliveira.
O velho ídolo das Laranjeiras é um dos dois técnicos negros do Campeonato Brasileiro. O outro é Roger Machado, adversário do time carioca na rodada, comandando o Bahia. O encontro de treinadores dos dois tricolores marcou um importante momento na luta contra o racismo.
Os dois vestiram a camisa do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, responsável pela ação, com a hashtag #chegadepreconceito. Desde 2014, a organização monitora e divulga casos de racismo e no futebol brasileiro, além de promover ações como a deste sábado.
Em campo o Fluminense abriu 2 a 0 no primeiro tempo. Com duas substituições, Roger Machado mudou radicalmente o comportamento do Bahia, que passou a dominar a partida. Esbarrou em chances desperdiçadas e no goleiro Muriel.
Já Marcão melhorou o desempenho de seu time, como a tabela deixa claro (saiu da zona de rebaixamento para o 13° lugar), e não jogou fora o que herdou. Nos minutos finais, quando o Bahia pressionava para tentar roubar a bola perto da área, o time carioca saia jogando com calma e organização, como passou a fazer após a chegada de Fernando Diniz, hoje no São Paulo.
Ao final, três pontos para o Fluminense no campeonato e muitos outros para todos os que repelem o racismo. Em especial Roger e Marcão, personagens de seus times neste ano e especialmente no encontro de sábado no Maracanã.
Fonte: Blog do Mauro Cezar