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É saúde!

Jorge Jesus ajuda demais o Flamengo. E vice-versa, como qualquer relacionamento. Ele soube fazer isso. Não é apenas sorte. Ele se preparou para ser o que o Flamengo precisava. O que o Flamengo queria. O que o flamenguista queria ouvir, ver e sentir.

Abel Braga não se ajudou no Flamengo. Fez escolhas erradas. Outras que deram errado. Se não tinha os quatro cavaleiros do apocalipse da turma do arco-íris que chegaram depois da Copa América, não soube usar o Arrascaeta que ganhou (que também não o ajudou muito no começo). Não queria Gabriel Barbosa. Talvez não quisesse Pablo Marí. Provável que não usasse Gerson mais recuado e brilhando como agora. Arão onde está jogando o melhor futebol na carreira.

Abel tem todo o direito do mundo que foi dele em 2006 para achar o realmente belíssimo Beira-Rio o mais lindo estádio do Brasil. Mas depois de uma derrota do Flamengo dele, no início do BR-19, não era o caso falar. Nem mesmo dizer o óbvio que é o fato de ser “normal” a derrota de qualquer clube para o Inter em Porto Alegre.

Ele não precisava ressaltar isso. A não ser que fosse comentarista. Como não é preciso toda hora o comentário que ressalta que o Flamengo só virou este time espetacular pela saída dele mais do que pela chegada excelente de Jorge Jesus.

Não é preciso levantar a bola do treinador português baixando o porrete no brasileiro. Assim como muitas coisas de Abel na Gávea foram indefensáveis em 2019, igualmente sem defesa é o ataque gratuito a um treinador campeão do mundo – como pode ser também da América e do Brasil o JJ-19.

O brasileiro nestes tristes dias de dicotomia binária não consegue enaltecer sem baixar a marreta. Não consegue defender sem atacar. Nem mesmo quem tão bem ataca quanto defende como Jorge Jesus.

Fonte: Mauro Beting

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