Nos últimos três jogos o Atlético Mineiro de Jorge Sampaoli sofreu seis gols e fez um. Em duas dessas partidas (Bahia 3 x 1 e Palmeiras 3 x 0) foram assinalados todos esses tentos, nada menos que 26% dos 23 que o campeão mineiro levou em 18 jogos da Série A até aqui.

Já o Flamengo de Domènec Torrent levou sete gols nos três mais recentes compromissos pelo campeonato brasileiro (5 x 1 Corinthians, 2 x 2 Inter e 1 x 4 São Paulo). Marcou oito, mas ficou clara a fragilidade defensiva do atual detentor do título nacional, com erros desde saída de bola a más rebatidas.

Com 23 gols sofridos em 18 partidas, o Atlético tem apenas a 10ª melhor defesa. É um desempenho inferior ao do Botafogo (22), que luta para seguir fora da zona de rebaixamento, e Athletico (20), que está no Z4, em penúltimo lugar.

Já o Flamengo, com 25 tentos em 19 jogos, tem, além das equipes com retrospecto defensivo superior ao do time mineiro, o mesmo número de gols sofridos pelo Vasco. E foi mais vazado do que o Coritiba (24), outro time que está na zona da degola. O Fortaleza tem, em 17 partidas, a melhor defesa, com 12 contra.

Domingo, às 18h15, em Belo Horizonte, atleticanos e rubro-negros se reencontrarão. E seus técnicos, estrangeiros e que estiveram recentemente em alta, se veem na berlinda devido ao mau desempenho de suas defesas. Jogam com seus times ocupando o campo do adversário e não se mostram capazes de se proteger, inclusive com a escalação de jogadores sem o perfil adequado.

Se o Flamengo falhou clamorosamente domingo, na goleada são-paulina, o Atlético ofereceu o contra-ataque aos palmeirenses no dia seguinte, como fizera duas semanas antes, no segundo tempo na Bahia. Um convite às jogadas de velocidade, ainda mais o lento Réver como um dos zagueiros. O Galo apenas treinará até o duelo de domingo, os flamenguistas têm jogo nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil, frente ao Athletico, no Maracanã.

Por Mauro Cezar Pereira