No dia do sorteio dos confrontos pela Copa do Brasil, muitas pessoas atribuíram à tradição uma possibilidade de confronto duro entre São Paulo e Vasco. Normal diante do título paulista tricolor e da má fase da equipe carioca, mesmo na segunda divisão.
Mas na semana passada o Vasco trocou o comando técnico. Marcelo Cabo foi demitido, deixando o time na nona colocação, quatro pontos atrás da zona de acesso à Série A. Após a estreia do novo técnico, Lisca, o time é sexto, a um ponto desse objetivo.
A vitória sobre o Guarani por 4 a 1 em São Januário foi motivadora para os vascaínos. E ficou evidente a imediata mudança de postura da equipe, com claras mudanças em fundamentos que retratam a maneira como o time se comportou nesse jogo.
Em média o time soma 304 passes certos, contra o Guarani foram 341. Os vascaínos desarmam corretamente 13 vezes por partida, sábado foram 19, enquanto as finalizações subiram de 11,6 por compromisso para 15. Detalhe: sete delas certas e foram marcados quatro gols.
Nos lançamentos, a média do Vasco é de 34,7, diante do Burgre o Footstats registrou 23. Cruzamentos por partida são 20,9, desta vez o time cravou 11. Pelo menos nessa estreia do novo técnico, o que se viu foi um Vasco diferente em proposta de jogo e resultado.
Somando esse começo animador de Lisca à goleada (5 a 1) sofrida pelo São Paulo diante do Flamengo no domingo, não é absurdo esperar mais equilíbrio no duelo pela Copa do Brasil. Os times vivem momentos muito diferentes em relação ao dia do sorteio.
Detalhe: mesmo rebaixado no Brasileiro 2020, o Vasco não perdeu para os tricolores naquele campeonato. Primeiro venceu no Rio de Janeiro, depois empatou em São Paulo contra um adversário que chegaria à liderança do certame. Nesta quarta-feira os times se reencontrarão no Morumbi.
por Mauro Cezar Pereira, Esporte Uol