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Clubes brasileiros que disputam a Libertadores reclamaram da punição imposta pelo tribunal da Conmebol ao River Plate pelos incidentes da final da competição. O clube argentino foi sancionado com dois jogos de portões fechados e uma multa de US$ 400 mil. Dirigentes de times nacionais classificaram a pena como ”branda”, ”ridícula” e que faltou ”atuação firme” da entidade.

Para recapitular, no segundo jogo da final, torcedores do River Plate arremessaram objetos no ônibus de jogadores do Boca Juniors que se feriram. Por isso, a partida no Monumental de Nuñez, estádio do River, foi suspensa e depois remarcada para Madri.

Na quinta-feira, o tribunal da Conmebol definiu a pena que foi levemente mais dura do que a sofrida pelo Flamengo pelas confusões no Maracanã na final da Sul-Americana. Na ocasião, o estádio foi invadido por torcedores e houve ameaças a torcedores argentinos, além de violência generalizada. Na avaliação dos cartolas brasileiros, o River merecia pena mais dura.

”Achei extremamente branda, extremamente branda. Espero que não precise acontecer uma tragédia como aconteceu em Bruxelas na Bélgica, como jogo entre Juventus e Liverpool, para que a Conmebol e o futebol argentino tenham uma mudança mais contundente”, afirmou o presidente do Internacional, Marcelo Medeiros, em referência à final da Copa dos Campeões da Europa, em 1985.

Na ocasião, 39 torcedores morreram como resultado dos confrontos entre as torcidas. Os ingleses foram banidos de competições europeia por cinco anos já que a torcida do Liverpool foi a principal responsável pela tragédia.

Medeiros disse que, na reunião entre clubes brasileiros na CBF, chegou-se a discutir a questão de segurança na Libertadores, mas a pauta principal foi de cotas de Libertadores. O presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Jr, que já tinha pedido a exclusão do River de futuras Libertadores, usou só uma palavra para definir a pena: ”Ridícula.”

Já o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, comparou a pena com a sofrida por seu clube. ”Branda, se compararmos com a punição do Flamengo pelos acontecimentos da final da Sul-Americana do ano passado.”

Por fim, o vice-presidente do Atlético-MG, Lasaro Cunha, que é advogado esportivo, entende que até houve uma melhora recente da Conmebol em relação à transparência e regulamentos. Mas entende que o sistema disciplina continha ”bastante frágil” e que falta clareza nas regras. E lembrou que o River já tinha contado com a condescendência da Conmebol.

”No caso da Libertadores deste ano, no específico do River, ele teve um antecedente com o Grêmio, um antecedente gravíssimo, e recebeu em relação às faltas que cometeu, penas fracas, tímidas”, analisou.

”E agora resultou em um problema muito mais grave (na final) que requereria uma atuação bem mais firme da instituição. Processo começou com falhas e resultou nessas consequências do capítulo final que tem demonstrado que não foi adequado. Tem que privilegiar menos as penas pecuniárias e privilegiar as penas pedagógicas, que tem efeito pedagógico”, disse ele, em referência a punições por portões fechados em vez de multas.

por Uol

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