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É saúde!

Corre há quase quatro décadas uma teoria segundo a qual o futebol defensivo ganhou força no Brasil, depois da derrota para a Itália, na Copa do Mundo de 1982. Se fosse assim, o São Paulo não seria campeão brasileiro de 1977 jogando feio, nem o Fluminense de Tim, em 1964, ficaria na história como o timinho do 1 x 0. Mas há momentos em que de fato um estilo se sobrepor a outro pode mostrar uma necessidade, uma ambição necessária a todos os que quiserem brigar com o novo poderoso.

José Mourinho era o técnico da moda, por seus trabalhos no Porto e no Chelsea, quando Guardiola apareceu com a mistura de pressão e posse de bola. A década de 2010, até mesmo na Europa, foi diferente da década de 2000, aquela em que a Juventus, de Marcello Lippi, vencia o Real Madrid, de Zidane como meia, numa briga em que o rato se escondia e vencia o gato.

O modelo Corinthians foi o mais vencedor do Brasil nos últimos dez anos. Campeão brasileiro três vezes, da Copa do Brasil uma vez, da Libertadores e do Mundial, sempre com uma defesa segura, muitas vezes ganhando por 1 x 0, como contra o Chelsea. Diante do Flamengo no maior espetáculo do Brasil em 2019, o Maracanã lotado, o modelo corintiano fracassou.

Passou 44 minutos rebatendo, dando bico, tirando o perigo para a linha lateral. Até que Éverton Ribeiro fez jogada brilhante e achou De Arrascaeta frente a frente com Cássio. O pênalti cobrado e defendido pelo arqueiro corintiano virou gol no rebote e mudou o rumo da partida difícil para o líder do campeonato. Na jogada seguinte, Gérson driblou Ralf e ofereceu o gol para Bruno Henrique.

Poucas vezes a expressão “garçom” coube tão bem, quanto quando Gérson levou de bandeja a bola para Bruno Henrique fazer 2 x 0.

O Corinthians não tinha uma flecha, um atacante veloz capaz de ficar no mano a mano com a zaga rubro-negra, como Athletico Paranaense, Goiás e até o Grêmio conseguiram. Pois Bruno Henrique fez 3 x 0 aos 23 segundos da segunda etapa. O jogo estava decidido, mesmo com o gol de Mateus Vital, de cabeça.

Ainda houve o requinte da finalização de longe de Vitinho, mais um golaço.

O Flamengo brilha e goleando a ex-melhor defesa do Brasil nos lembra que a melhore defesa… é o ataque!

Por PVC

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